Você já deve ter visto a Lu do Magalu, a Nat da Natura, o CB, evolução do Bahianinho das Casas Bahia, a Sam da Samsung e até o Boti da Boticário. Com os avatares, essas marcas encontraram um terreno fértil no mundo do metaverso para promover seus produtos. Apesar de não ser uma novidade, se tornou uma tendência.
Pensando na experiência e no engajamento do consumidor, esses personagens são pensados estrategicamente para aproximar a marca do público, trazendo empatia, humanização e modernidade, além de reproduzirem o valor e a missão.
Tomás Duarte, CEO da Track.co e Especialista em Experiência e Satisfação do Cliente, explica que “o avatar é uma extensão da identidade, não só visual, mas intelectual de uma empresa […] avatares trazem humanização à marca como um todo, e não apenas ao atendimento, criando personificação dos valores e personalidade atrelados à marca”. A Nat da Natura, por exemplo, mostrou sua transição capilar para apoiar as mulheres a fazerem o mesmo.
Com isso, a Nat, que já tem uma identidade bastante fortalecida, se tornou influenciadora digital e consultora de beleza, além de ser a porta-voz da Natura no Twitter. Conectada com a essência da Natura – e da natureza -, ela mostra seus ideais interagindo com o público e realizando ações no mundo real.
Já a Lu do Magalu surgiu em 2003 como uma assistente virtual com o objetivo de humanizar a experiência de compra, também passando a ser o porta-voz da marca. O gerente das redes sociais e marketing da empresa, Pedro Alvim, afirma que “Se a estratégia for autêntica, transparente e consistente, a comunidade não terá problema com isso. A comunidade da Lu entra na brincadeira, se envolve com as histórias e se engaja ao ver que ela possui algum tipo de relação com influenciadores e celebridades.”
Em suas redes sociais, Lu posta seu dia a dia e faz diversos challenges e memes do momento.
Bianca Andrade, mais conhecida como Boca Rosa, CEO da Boca Rosa Company, criou o primeiro avatar do Brasil que é Diretora de Marketing e Criatividade, a Pink. “Eu sempre digo que quem inova, lidera o mercado. É um dos lemas que levo para a minha vida e essa é a minha intenção com a Pink. A Boca Rosa Company já é referência em inovação e esse é mais um passo para estarmos sempre à frente do nosso tempo. A Pink será um alter ego meu e, a partir daí, o céu é o limite”, declara Bianca.
Assim, a criação de um avatar reflete os objetivos da marca e é uma forma de interagir mais de perto com consumidores, principalmente com os mais jovens. O Metaverso é muito mais que um jogo ou um site, é uma experiência engajante potencializada pelas novas tecnologias como a Realidade Aumentada (AR). De acordo com uma pesquisa feita pelo NZN Intelligence mostrou que a preferência de compra online dos brasileiros é de 74%.
O Metaverso veio, com um grande potencial de crescimento, para alterar a forma como as pessoas interagem, experienciam e se relacionam com uma marca. Os benefícios para as empresas são diversos, como: Maior interação, engajamento e conexão profunda com os consumidores; Criação de histórias e experiências criativas, lúdicas e imersivas; entre outros. Com isso, o metaverso pode levar a experiência do cliente para outra dimensão!
Por isso, caminhamos para uma época onde compras se tornam experiências tridimensionais. A estimativa é de que até 2035, 80% das atividades comerciais sejam realizadas online, o qual será redefinido pela conexão das pessoas com as marcas.