BURNOUT: COMO LIDAR?

Saúde mental é um tema que está sendo bastante discutido nos últimos anos, principalmente com o grande crescimento de transtornos mentais. Em Junho deste ano (2022), a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o “World Mental Health Report: Transforming Mental Health For All”, onde mostra que em 2019 a estimativa era de 970 milhões de pessoas no mundo vivendo com algum transtorno mental, sendo 52,4% mulheres e 47,6% homens.

Em Janeiro deste ano (2022), a OMS incluiu na nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11) a Síndrome de Burnout e a oficializou como sendo uma síndrome ocupacional crônica, ou seja, fenômeno ligado ao trabalho. Também, se enquadrando na categoria de “problemas relacionados à dificuldade de gestão de vida.”

A Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, está relacionada com situações de trabalho desgastantes, tensão emocional e, principalmente, pressão em excesso, fazendo com que o trabalhador se sinta sobrecarregado.

Na empresa, os impactos causados pelo Burnout podem ter como consequência a perda da produtividade e do engajamento dos profissionais. Porém pode também ter outras decorrências na vida dos trabalhadores, como depressão e ansiedade.

A London School of Economics realizou uma pesquisa em 2016 sobre a depressão no trabalho e os resultados indicam que o Brasil perde US$ 63,3 bilhões por ano com o afastamento dos colaboradores em seus trabalhos devido ao estresse e à depressão. Com isso, o país ocupa o 2º lugar no ranking mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Geralmente, os sintomas mais comuns são: exaustão extrema (física e mental); dor de cabeça frequente; alterações no apetite; insônia; sentimentos de fracasso e insegurança; dificuldades para se concentrar; pensamentos negativos; alterações de humor; irritabilidade; dificuldade de concentração e lapsos de memória; isolamento; e problemas gastrointestinais.

De acordo com a pesquisa realizada pela empresa Gattaz Health & Results, liderada pelo presidente do Conselho Diretor do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, no Brasil, 1 a cada 5 profissionais sofrem da Síndrome de Burnout. Dados também indicam que 86% das empresas não sabem como agir para impedir a doença, porém, funcionários de organizações que possuem apoio, têm 70% menos chance de passar pelo esgotamento.

Contudo, as empresas e os líderes podem adotar medidas para evitar que seus funcionários sofram com o Burnout. Oferecer qualidade de vida aos profissionais é o ponto mais importante que as organizações devem ter em sua cultura organizacional. Portanto, é fundamental que o líder ouça com atenção e empatia, demonstrando interesse em entender as situações e se colocando à disposição para ajudar a buscar uma solução para o problema.

Além disso, também é essencial que a empresa busque entender mais profundamente o que é a Síndrome de Burnout para que saiba como evitá-la e qual a melhor maneira de auxiliar seus colaboradores.

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