Nos últimos anos, o mercado tem exigido dos executivos um perfil diferenciado, que combine conhecimentos específicos com um conjunto de habilidades e soft skills necessárias para conduzir negócios no ambiente dinâmico em que vivemos. A pandemia de Covid-19 e outros eventos globais intensificaram ainda mais essa tendência, levando os executivos a buscar uma formação mais completa, que englobe modelos úteis para tomada de decisão, desenvolvimento de habilidades analíticas, pensamento crítico e valores fundamentais para lidar com a complexidade atual.
O relacionamento humano e o fortalecimento de networking têm se destacado como ingredientes fundamentais para que os executivos lidem de forma equilibrada com suas equipes e alcancem melhores resultados. Embora o trabalho remoto tenha vindo para ficar e as competências digitais sejam cada vez mais exigidas, em muitas áreas, setores e culturas organizacionais, o encontro presencial continuará relevante para o sucesso.
Diante disso, as escolas de negócios desempenham um papel crucial na formação desses gestores e, globalmente, enfrentam desafios para se preparar e desenvolver executivos com as características demandadas pelo ambiente atual.
Pesquisas realizadas pelo Profuturo FIA já apontavam, mesmo antes da pandemia, o potencial do modelo de ensino híbrido na educação executiva do futuro, combinando aprendizado em sala de aula física tradicional e sala de aula remota. Embora haja espaço para aprimoramentos, o conceito de omniclass adotado em programas executivos têm se mostrado promissor, permitindo a preservação de valiosas interações e trocas de experiências entre os executivos, com flexibilidade para escolher a participação presencial ou remota de acordo com as necessidades individuais em diferentes momentos.
Então, o executivo do futuro precisará desenvolver flexibilidade e capacidade de adaptação às mudanças, com conhecimentos e habilidades adequados ao ambiente profissional.
TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES NO APRENDIZADO:
1) Aprendizado personalizado e adaptativo:
Uma das principais tendências na educação executiva é o foco crescente no aprendizado personalizado e adaptativo. Os sistemas de aprendizado adaptativo usam algoritmos inteligentes para avaliar o conhecimento prévio, identificar lacunas nas habilidades e fornecer conteúdo sob medida para cada aluno. Isso não apenas melhora a eficácia do aprendizado, mas também torna a experiência mais envolvente e relevante.
2) Aprendizado experiencial:
Outra tendência significativa é a crescente ênfase no aprendizado experiencial. Os profissionais de hoje desejam vivenciar situações reais e aplicar seu conhecimento em contextos práticos. O que oferece aos executivos a oportunidade de enfrentar desafios reais, experimentar diferentes estratégias e aprender com os resultados.
3) Tecnologia como facilitadora:
A tecnologia continua a desempenhar um papel fundamental na transformação da educação executiva. A inteligência artificial, por exemplo, pode analisar grandes volumes de dados sobre o desempenho do aluno e personalizar o conteúdo de acordo com suas necessidades específicas.
4) Aprendizado contínuo e microaprendizado:
O aprendizado contínuo é uma tendência cada vez mais importante na educação executiva. À medida que o cenário empresarial se transforma rapidamente, os profissionais precisam estar constantemente atualizados para se manterem competitivos. Nesse contexto, o microaprendizado se baseia na ideia de que as pessoas aprendem melhor em pequenas doses, por períodos curtos e com foco em habilidades específicas.